
Em tempos de crise, sempre � necess�rio refletir. Por isso esse tema � t�o relevante neste momento, afinal j� temos um discurso pronto para esta quest�o. Se algu�m pergunta se � importante que o governo invista em turismo e cultura, a resposta em geral � sim. Entretanto, ao menor sinal de crise, as primeiras reclama��es s�o: “n�o vai cancelar o carnaval? “, “restaurar igreja e investir em museu com os hospitais sem leitos? ”, e por a� vai.
Em primeiro lugar, precisamos deixar claras a import�ncia e prioridade que devem ter os investimentos em sa�de, educa��o e seguran�a. Mas, pense bem, os destinos mais visitados do mundo s�o justamente os que t�m mais desenvolvidos esses setores. Porque ningu�m – ou pouca gente – vai querer visitar um lugar onde n�o h� investimento nessas �reas. Quer dizer que os turistas pesquisam sobre isso antes de visitar um local?! Claro que n�o! Mas quando um governo investe nestas prioridades, isso se reflete no cotidiano daquela comunidade. Seja uma metr�pole ou um lugarejo.
A partir desses investimentos, uma engrenagem come�a a funcionar: � mais f�cil e seguro circular pelas ruas, existe transporte p�blico eficiente, as estruturas b�sicas funcionam e qualquer pessoa na rua � capaz de dar informa��es elementares sobre aquele lugar. Ou seja, essa � a descri��o n�o s� da rotina de uma comunidade bem gerida, mas tamb�m da atividade tur�stica acontecendo de maneira plena. Por�m, na vida real, temos que trocar o pneu com o carro andando.
O que quero dizer � que n�o � poss�vel resolver todos os problemas estruturais primeiro para depois investir em �reas secund�rias. Essa � a grande equa��o a ser decifrada. Contudo, � essencial que pensemos no ser humano n�o apenas como subsist�ncia, mas como exist�ncia. Isto nos d� o direito de queremos mais, e n�o apenas, sa�de, educa��o e seguran�a, pois isso � elementar.
Neste sentido, precisamos entender que ainda que os or�amentos de turismo e cultura sejam t�o pequenos, s�o necess�rias pol�ticas que incentivem o setor a crescer, at� que seja poss�vel destinar um or�amento mais robusto para eles. Entender que as grandes empresas que patrocinam carnaval e outras tantas manifesta��es da nossa cultura sejam cada vez mais incentivadas a faz�-lo, de maneira coerente e correta, para que o or�amento p�blico possa investir nas necessidades b�sicas da popula��o. Que o empreendedorismo seja de fato incentivado, para que os pequenos empres�rios de destinos tur�sticos consigam transform�-los em grandes destinos, n�o em territ�rio, mas em excel�ncia.
E ent�o, um destino vai te capturar e fazer voc� querer ir l� visit�-lo, de qualquer maneira. E isso vai acontecer v�rias vezes, porque mover e conhecer faz parte da nossa ess�ncia. Nunca entendemos isso tanto quanto agora! E pode ser que em um momento voc� visite, e no seguinte, voc� seja visitado! Porque turismo � isso! A beleza de circular, de conhecer e ser conhecido.
E a cultura?! Ah, a cultura � a magia que vai te propiciar viver tudo isso, porque a cultura vai estar no quadro do quarto da pousada, talvez pintado por senhorzinho muito simp�tico que mora num bairro distante, no docinho que s� se encontra naquele lugar, no museu que s� ele conta aquela hist�ria, na sacada ou varanda que tem que ser daquele jeito justamente por estar ali. Vai estar tamb�m na m�sica que s� aquela baladinha daquela cidadezinha tem, e que mesmo que voc� baixe no seu celular, ela faz mais sentido quando tocada l�, e na boneca de barro que s� tem por ali, mas que vai combinar na sua sala e toda vez que olhar para ela vai lembrar daquela viagem. Mas especialmente nas pessoas, e no ir e vir, que fazem de cada lugar �nico e cada experi�ncia �nica. Tudo isso s� acontece e permanece se houver um olhar de gest�o para o turismo e a cultura.
E a cultura?! Ah, a cultura � a magia que vai te propiciar viver tudo isso, porque a cultura vai estar no quadro do quarto da pousada, talvez pintado por senhorzinho muito simp�tico que mora num bairro distante, no docinho que s� se encontra naquele lugar, no museu que s� ele conta aquela hist�ria, na sacada ou varanda que tem que ser daquele jeito justamente por estar ali. Vai estar tamb�m na m�sica que s� aquela baladinha daquela cidadezinha tem, e que mesmo que voc� baixe no seu celular, ela faz mais sentido quando tocada l�, e na boneca de barro que s� tem por ali, mas que vai combinar na sua sala e toda vez que olhar para ela vai lembrar daquela viagem. Mas especialmente nas pessoas, e no ir e vir, que fazem de cada lugar �nico e cada experi�ncia �nica. Tudo isso s� acontece e permanece se houver um olhar de gest�o para o turismo e a cultura.